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| (Foto: Sportschosun Kimkyungmin / Reuters) |
Os Jogos da Ásia, disputados na Coréia do Sul, já começaram com uma polêmica. Momentos antes de fazer sua estreia no torneio de basquete feminino, contra a Mongólia, a seleção do Qatar se retirou de quadra, após os juízes proibirem a utilização do hijab, uma espécie de lenço que cobre a cabeça das atletas.
Nas religiões islâmicas, o hijab é um símbolo de modéstia, privacidade e moralidade, e não cobre o rosto dos que o usam, e sim a cabeça. Uma regra da Federação Internacional de Basquete (FIBA) não admite que atletas entrem em quadra com itens que cubram a cabeça.
- A FIBA não deixou nossas jogadoras atuarem com o hijab e, por isso, tivemos de nos retirar do torneio. O que aconteceu aqui vai contra os objetivos do Comitê Olímpico Internacional, que fala em incluir países de diferentes culturas, e também é contra o slogan dos Jogos, que é "A diversidade brilha aqui" - disse Ahlam Al Mana, chefe do Comitê Feminino de Esportes do Catar.
Ahlam disse também que outros países que souberam da proibição não viajaram aos Jogos, mas que as cataris tentaram persuadir a FIBA a mudar sua opinião. A Federação não quis comentar o caso, mas o Conselho Olímpico da Ásia condenou a atitude do órgão.
- O direito dos atletas deve ser a maior prioridade. Todo o atleta tem o direito de representar a bandeira de seu país sem discriminação ou sem a ameaça de uma punição financeira - disse Husain Al-Musallam, diretor geral do Conselho.
Fonte: O Globo
