Exclusivo! Comentarista Bruno Formiga, do Esporte Interativo, comenta sobre sua carreira

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Jornalista esportivo, Bruno Formiga
Neste domingo (26), o Arena Esporte publica uma entrevista com um dos maiores especialistas em futebol nordestino, no Brasil. Trata-se do comentarista Bruno Formiga, do canal Esporte Interativo. Na entrevista, Bruno comentou sobre sua carreira, Copa do Mundo 2014 etc. 

CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA: 

Como você começou sua carreira? 

"Em 2006, passei em um concurso para escrever para o jornal O Globo durante a Copa do Mundo. Foi o primeiro passo para depois comentar na rádio Transamérica e ser contratado pelo jornal O POVO como repórter. Já me formei praticamente empregado. Foi muito bom". 

Qual meio de jornalismo você prefere (rádio, televisão, internet etc.)? 

"Na verdade o que eu mais gosto é revista. É fascinante trabalhar em pautas mais longas, mais curiosas. As melhores histórias, pra mim, estão nas revistas". 

Quais as características que um jornalista tem que possuir, para ser um bom entrevistador? 

"Senso crítico, sempre. É preciso desconfiar sempre e se colocar no lugar do leitor/telespectador. O que ele queria ouvir? O que é interessante saber? O entrevistado precisa saber que nada vai passar batido. Tudo com muito respeito, claro. Mas sem desviar o foco, que é levar a melhor informação possível". 

Percebe-se que você é um bom pesquisador. A arte da pesquisa faz parte do jornalismo. Ao pesquisar, você faz isso também por curiosidade ou apenas por obrigação? 

"Curiosidade. É uma característica básica. Você precisa querer saber das coisas para aí sim passar boas informações". 

Estamos em ano de Copa do Mundo, e a mesma será realizada no Brasil. Até aqui, poucos estádios ficaram prontos. Você acha que esse Mundial será um desastre? 


"Não. O Mundial vai ocorrer bem, como aconteceu na Copa das Confederações. O legado é que não vai ser aquilo que muita gente projetou. Teremos melhores estádios. E só". 

Você possui um blog no portal 'Yahoo! Esporte Interativo'. Como é comandar um blog desse tamanho? As ideias de postagens surgem naturalmente? 

"Isso. Estou sempre anotando coisas interessantes e pensando em histórias bacanas que fujam do lugar comum. É claro que certo assuntos não podem ficar de fora. E pra isso é preciso ficar antenado". 

Quais jornalistas são referências para você na profissão? 

"Juca Kfouri é um cara de perfil que respeito demais. Coloca o dedo na ferida. Faz jornalismo esportivo na veia. Ledio Carmona e PVC são outros dois que tenho profunda admiração. Fazem algo complexo parecer simples". 

Você lê jornais todos os dias? Quais você lê? 

"Passo nos principais portais todos os dias. E procuro ler jornais locais de pautas que vou precisar trabalhar. O único jornal que passo rigorosamente todo dia é o El Pais, da Espanha. Textos fantásticos". 

Você já criticou o fato das "Neymarzetes" que terceirizam a felicidade em um ídolo distante e que nem dá muita atenção para elas. Continua com essa mesma opinião? Por quê? 

"Sim. Acho que ninguém deve projetar sua alegria em alguém tão distante. Entendo os ideais de sucesso e fama, mas não dá para chorar e ter histeria por uma figura projetada no imaginário popular. Pra mim é falta de referências mais próximas e reais". 

Quem acompanha seu trabalho no Esporte Interativo, sabe que você costuma dizer que "a humanidade deu errado". Você realmente acha isso? 

"Em 90% das vezes sim. Somos uma espécie de pouca colaboração. Já vi um cientista comparar o homem a um vírus, que onde chega destrói. É claro que há ótimas exceções. Ainda bem". 

Quais as principais diferenças entre a imprensa nordestina e a imprensa carioca? 

"Não vejo muita. A diferença é a repercussão das histórias. Algo no Rio ecoa muito mais. Mas há jornalistas espetaculares no Nordeste. O POVO e o Diário de Pernambuco são jornais altamente premiados". 

Na sua opinião, quem é o maior especialista em futebol nordestino atualmente? 

"Não sei se existe esse posto. Tem muita gente boa fazendo ótimos trabalhos. Tiago Medeiros, da Globo Nordeste, e Cássio Zirpoli, do Diário de Pernambuco, são bons exemplos". 

De onde surgiu esse interesse de continuar trabalhando com tanta ênfase na cobertura do futebol nordestino? 

"A oportunidade surgiu naturalmente, com o interesse do Esporte Interativo. Nunca imaginei virar referência". 

Quais são seus objetivos para sua carreira? 

"Quero seguir me divertindo, olhando para o futebol como um trabalho bacana que me satisfaz. Não quero perder a paixão. E, claro, penso em viajar muito para cobrir jogos. Sejam eles quais forem". 

Para encerrar, descreva detalhadamente você como jornalista esportivo. 

"Um cara crítico que ama futebol mais que qualquer clube". 

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