O Brasil venceu e bem a equipe do Japão no sábado, com
bela atuação de Neymar. Quebra de jejum, dribles, tabelas e finalizações.
Serviu o básico do seu cardápio, já convidando os demais estrangeiros a
degustar um pouco do talento brasileiro. O camisa 10 da seleção brasileira
estava visivelmente mordido, querendo muito demonstrar serviço e assim o fez.
No domingo, o incompreendido Balotelli deu a vitória
para a Itália diante o México, em uma partida que por alguns momentos foi
truncada, mas no final se sobressaiu a qualidade técnica e os lances chaves
foram detalhes. Sério, o 9 italiano foi protagonista a cada minuto. Assumiu sua
responsabilidade impondo suas características.
Já o Uruguai de Suárez foi derrotado pela Espanha, que
construiu sua vitória com iniciativa, volume de jogo e competência para
converter as chances criadas. Além disso, teve autodomínio. Ainda que tenha
perdido, o artilheiro mostrou a que veio. Tentou, errou – e muito, mas foi presenteado pela persistência e coroado com um lindo gol em cobrança de falta.
Tanto o autor do 1º gol sobre os orientais, o definidor
da partida contra os mexicanos e o relutante – e carnívoro – uruguaio são
dilemas nas arquibancadas e demasiadamente expostos pela mídia. E acredite: uma
situação completa a outra, embora não seja em resumo apenas isto. Mais tanto é
fato que em todos momentos os quais eles protagonizavam, torcedores se dividiam
com vaias e aplausos. Seus estilos irreverentes causam, mas sobretudo Neymar
representa o Brasil como poucos, honrando nossas cores com seu popular lema
posto em prática: Ousadia e alegria.
A mídia entra na parada com a insistência em divulgar
em que balada fulano foi, que mulher ele se relacionou, e assim por diante.
Além do negócio chamado “opinião”, que eu tenho a convicção que é uma grande
bobagem. Todo mundo quer falar, mas poucos estão aptos e em outros casos não
cabe “opinião” p... nenhuma. Jornalismo é informação precisa e relevante. Uma
coisa é notícia, outra matéria e outra coluna. Quem não sabe, também não
misture as coisas, por favor. É preciso responsabilidade. Claro que o torcedor
deve ter voz, liberdade de expressão, mas quem usa a mídia para se manifestar,
é fundamental ter consciência do que fala.
Engraçado, reclamam da impunidade, mas fazem insultos
racistas para Balotelli, chamam esse ou aquele de viado, atingem a moral.
Imagina como é difícil quando você é famoso. Não concordo com esse papo de “já
está acostumado.” Quem viu a coletiva do Neymar antes da estréia na Copa das
Confederações entendeu o recado, e olha que no momento eram mais críticas
dentro de campo. Agora, imagina quando atacam o seu caráter? Lembrando que
caráter vem também de seus hábitos e estilo (já dizia Paulo Coelho). Ninguém
pode ficar demasiadamente criticando um corte de cabelo, na verdade é crime.
Agradeçam por eu não ser um desses três, acima de tudo o camisa 10 da seleção
brasileira, pois eu contrataria pessoas para ficar pesquisando quem falasse
algo ofensivo a mim nessas redes sociais - que têm alguns babacas, e depois
denunciaria todos. Com calma, um por um.
Quem faz o país é o povo e todos são
responsáveis pelos reflexos, inclusive eu. Ainda que eu tenha essa iniciativa,
sigo tendo culpa também por tudo que acontece no Brasil. Só que cada um se
posiciona de uma maneira, portanto, o que para você é errado pode não ser para
outra pessoa. Uma coisa é a culpa, a outra é o erro. E o erro não é
democrático, ou pelo menos não deveria ser. Creio que o correto seria ser algo
individual, cada um com sua cabeça e consciência. Agora, as leis estão aí e
você que vai no estádio xingar só porque pagou o ingresso, saiba que será
castigado seja por quem for, independentemente de sua fé ou afins, mas
inevitavelmente será. Ou melhor: já está sendo. Xinga fulano de viado e no
outro dia cicrano estupra seu filho. Já diria racionais: Uh, uhu. Pau no seu
c...
0 comentários:
Postar um comentário