Há
algum tempo atrás eu critiquei o trabalho do Ney Franco na parte tática e afirmei
que já estava na hora dele ser cobrado. Agora, após a entrada de um meio-campo
a mais na equipe, o panorama mudou totalmente.
Não
vou aqui comparar o ano passado com esse e nem repetir a ausência
de fulano ou cicrano. A situação real sempre foi e se mantêm até hoje: Ganso
vai ser titular. Lógico que ele teve problemas iniciais, porém, em nenhum
momento eu via motivos para deixar de insistir nele. Assim como Alexandre Pato,
deveria ser encaixado na equipe, até porque fez a pré-temporada, estava
liberado pelo departamento médico e joga fácil.
Além disso, o Aloísio foi contratado para ser reserva do Luís Fabiano.
O
erro inicial do Ney foi querer insistir com dois pontas velozes e dois volantes
de contenção. O time ideal para ele nunca funcionaria na prática, nem se fosse
técnico da seleção , escolhendo dedo a dedo. Não importa a formação tática/estratégia
de jogo, os jogadores precisam ter características diferentes. São 11 jogadores
com responsabilidades de ter suas próprias personalidades.
Se
você tiver Wellington e Denílson no time, a tendência é proteger sua defesa,
mas não terá um Maicon para articular o jogo por dentro com mobilidade.
Engraçado é que quando os dois jogavam juntos, ainda assim não funcionavam. A
todo momento víamos o São Paulo levando bola nas costas e sem chegada ofensiva.
Tendo Aloísio e Osvaldo, que diferente do Jorge Henrique do Corinthians e Luan
do Cruzeiro, não tem poder de recomposição, marcação, você terá uma equipe
fadada ao contra-ataque. Agora, tendo Ganso e Maicon para facilitar a saída de
jogo e Jádson como principal responsável pela armação, sem dúvidas alguma o
tricolor paulista conseguirá ter a bola e trabalhar.
É,
agora é trabalhar. Demorou, mas acredito na sequência desse time e
consequentemente crescimento. Isso do meio pra frente, pois as coisas estão
bravas lá atrás. Ney tem o dever de extrair o máximo dos jogadores, e para isso
precisa ganhar o comando do grupo. Ao barrar Lúcio, ficaram evidentes os
problemas, mas também sua capacidade. Na minha visão, o projeto só tende a
falhar por falta de qualidade mesmo por parte dos atletas. Não falta moral e comando no
São Paulo.
0 comentários:
Postar um comentário