É ouro! Seleção feminina de vôlei bate os EUA

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 José
A seleção brasileira feminina de vôlei é bicampeã olímpica. Depois de ser massacrada por 25 a 10 no primeiro set, o time de José Roberto Guimarães “acordou” na decisão, venceu as antes favoritas norte-americanas por 3 sets a 1 neste sábado, com parciais de 10/25, 25/16, 25/20, 25/17, e garantiu a terceira medalha de ouro para o Brasil nos Jogos de Londres. 

O título coroa a campanha de superação realizada pelo Brasil em Londres, assim como aconteceu na final deste sábado. Após uma primeira fase muito irregular e uma suada classificação, as meninas ganharam moral depois da épica vitória sobre a Rússia nas quartas de final, quando o time salvou seis match points e despachou um carrasco histórico, deixando para o passado até mesmo o famoso "24 a 19" da Olimpíada de Atenas. 

De quebra, o Brasil entrou para um grupo seleto de bicampeãs olímpicas no vôlei feminino, igualando União Soviética (1968 e 1972) e Cuba (1992, 1996 e 2000).

Um dos principais heróis da conquista, José Roberto Guimarães ainda se tornou o único brasileiro tricampeão olimpíco - antes ele já podia se orgulhar de ser o único campeão tanto no femino como no masculino. Na Olimpíada de Barcelona-1982, há exatos 20 anos, ele ganhava com os homens. Em 2008, em Pequim, conquistou o primeiro título feminino brasileiro no vôlei. 

 O jogo


A seleção brasileira não entrou em quadra no primeiro set, e o time americano fez o que quis. A defesa dos EUA parecia intransponível; as bolas de contra-ataque do Brasil quase nunca passavam para o outro lado da quadra sem tocar no bloqueio americano, e nas raras ocasiões em que não o tocavam iam direto para fora. 

Logo no início, as ianques abriram 4 a 1 e forçaram José Roberto Guimarães a parar o jogo. Não funcionou. Sem a mesma confiança das partidas anteriores do mata-mata, as brasileiras erraram demais - foram nove pontos dos EUA anotados em erros do Brasil, e mais três em bloqueios. Exagerando no respeito ao adversário, a Seleção foi presa fácil na primeira parcial, perdida por inacreditáveis 25 a 11.
  
Com outra atitude, mais agressivo, o Brasil voltou para o terceiro set melhor e abriu 3 a 0. Apesar de a defesa americana manter o mesmo nível de atuação da primeira parcial - com destaque especial para a ponteira Logan Tom, que vai jogar no Unilever na próxima temporada, operando milagres - os fundamentos da equipe brasileira melhoraram. 

O bloqueio, com Fabiana, passou a incomodar o ataque americano, e Sheilla, sumida no primeiro set, deu o ar da graça. Em uma jogada de muita categoria, ela apenas 'colocou' a bola no fundo da quadra adversária para fazer 15 a 12 para o Brasil. Dani Lins distribuiu melhor o jogo e deu mais volume para a Seleção, que empatou o jogo, fechando o set em 25 a 17.

O desempate a favor do Brasil veio com grandes atuações de Fernanda Garay e Jaqueline. A primeira, que iniciou muito mal a parcial com dois erros seguidos na recepção, se redimiu soltando o braço no ataque, garantindo pontos importantes para o Brasil. Jaqueline também apareceu bem no setor ofensivo, dificultando a vida de Logan Tom - em uma bola que iria para fora, a americana mostrou afobação e acabou cedendo o ponto para a Seleção Brasileira. A vitória por 25 a 20 veio em uma pancada de Scheilla, que deixou o Brasil a um set do bi olímpico.

A derrota iminente abalou os nervos da equipe americana. Errando em bolas bobas, as ianques pareciam desnorteadas com a proximidade de uma nova derrota para as brasileiras em uma final olímpica. Jaqueline, inspirada, conduziu o Brasil no set decisivo, o set que fez a Seleção 'patinho feio' da primeira fase virar campeã olímpica. Fim de jogo no Earls Court, 25 a 17 para a seleção brasileira.

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