Brasil falha na defesa, perde para México e vê repetição de maldição

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O Brasil adia novamente o projeto do ouro nos Jogos Olímpicos e terá de conviver com a assombração do único título que lhe falta por mais quatro anos. Na final de Londres-2012, a Seleção levou um gol com apenas 30 segundos em um erro defensivo, não conseguiu superar a retranca do México e acabou derrotada por 2 a 1, na decisão disputada neste sábado no lendário estádio de Wembley.
O resultado tem o poder de proporcionar novos questionamentos ao trabalho do técnico Mano Menezes, que havia sido eliminado no ano passado nas quartas de final da Copa América. Afinal, o Brasil levou a Londres um elenco recheado de estrelas, inclusive com nomes respeitados no cenário internacional como o zagueiro Thiago Silva e o lateral esquerdo Marcelo, além da maior revelação nacional dos últimos anos, o atacante Neymar.
Na história olímpica, o Brasil contabiliza a quinta medalha no futebol, a terceira de prata. Anteriormente, o País perdeu a final em duas oportunidades (1984 e 1988) e ganhou outros dois bronzes (1996 e 2008). Em Londres, o País contabiliza a 13ª conquista.
Na decisão deste sábado, o centroavante Peralta tornou-se o mais novo carrasco do futebol brasileiro. No primeiro tempo, ele marcou em um chute da entrada da área, aproveitando erro de passe de Rafael. Na etapa final, ampliou o resultado de cabeça. Hulk descontou ao time verde-amarelo nos acréscimos.
O Jogo – A decisão olímpica reservou um início terrível aos brasileiros. Com 30 segundos de partida, Rafael foi apertado na lateral direita e deu um passe na fogueira para Sandro no meio-campo. Atento, Aquino roubou a bola por trás do volante e tocou para Peralta finalizar na entrada da área, rasteiro, no canto direito do goleiro Gabriel. O México estava em vantagem de forma meteórica e surpreendente.
O inesperado panorama proporcionou um baque aos brasileiros. As jogadas ofensivas não saíam com naturalidade e eram executadas da forma mais complexa, com um número exagerado de passes longos em direção ao comando de ataque, sem aproveitar o bom toque de bola do meio-campo.
A marcação mexicana também era extremamente forte. Em vantagem, a equipe da América do Norte atrasou as suas linhas e preencheu o campo de defesa. Os espaços estavam totalmente reduzidos aos brasileiros.
A equipe de Mano Menezes demorou 19 minutos para criar a primeira chance e precisou da presença de Leandro Damião fora da área para abrir espaços na retaguarda mexicana. O centroavante partiu para jogada individual na ponta esquerda e cruzou para Oscar arrematar em cima de Corona.
Preocupado, Mano Menezes ordenou o início do aquecimento de Hulk, seu titular no início da Olimpíada. Em apenas 31 minutos de decisão, o atacante entrou na vaga de Alex Sandro para proporcionar novas alternativas na frente.
De forma curiosa, o México resolveu avançar um pouco a partir da mudança. Mas o Brasil respondeu através de um chute venenoso de Hulk aos 38 minutos. O goleiro Corona quase levou um frango histórico e ainda foi obrigado a fechar o ângulo de Leandro Damião na sobra do lance.
No fim do primeiro, o personagem da final foi Marcelo por sua conhecida combinação de habilidade e destempero. Primeiro, o lateral quase empatou em um chute dentro da área. Em seguida, demonstrou nervosismo e acertou Peralta de forma violenta na lateral do campo para receber o cartão amarelo. De qualquer forma, a Seleção foi para o intervalo logo depois viver o seu melhor momento.
O México sofreu mais de 15 minutos de pressão e, quando encaixou o contra-ataque, quase fez um gol antológico. Fabian aproveitou cochilo de Thiago Silva na entrada da área e, ao perceber a bola subir após o drible em Gabriel, tentou uma bicicleta. A conclusão explodiu no travessão. No lance, os brasileiros reclamaram que o adversário dominou com o braço na dividida inicial.
Aos 25 minutos, Mano Menezes deu sinais de que a hora do desespero estava próxima com a entrada do centroavante Alexandre Pato no lugar do volante Sandro. Neste momento, a defesa brasileira cometeu outra falha imperdoável. Em cobrança de falta de Fabian na direita, os zagueiros apenas olharam a cabeçada certeira de Peralta e permitiram o segundo dos mexicanos. 

O Brasil só conseguiu descontar nos acréscimos, através de Hulk, em chute de perna direita. E o mais incrível: ainda teve tempo do empate no último lance. Livre, Oscar perdeu uma chance incrível na pequena área de cabeça. O México comemorou o ouro inédito e mais um triunfo contra os pentacampeões mundiais, como havia ocorrido em um amistoso nos Estados Unidos em 2012.
No segundo tempo, a tática brasileira era clara: acelerar as jogadas no ataque. Neymar aumentou a movimentação para participar mais da partida. Em consequência disso, começou a ter chances de finalizar, só que pecava pela falta de precisão.


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